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Líderes globais reforçam compromisso com sustentabilidade alimentar através da rastreabilidade durante Semana do Clima de Nova York

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Líderes globais reforçam compromisso com sustentabilidade alimentar através da rastreabilidade durante Semana do Clima de Nova York

Data do evento 21/09/2022

Nova York, 21 de setembro – Líderes de governos, empresas de abastecimento e do setor financeiro se comprometeram a acelerar a transformação dos sistemas alimentares através da rastreabilidade, durante a Semana do Clima de Nova York. No dia 20 de setembro, IDH, Wholechain, Pacto Global da ONU e parceiros organizaram um jantar de trabalho de alto nível (Blueprint for the Future: Oceans, Food and Finance) para discutir a construção de cadeias de abastecimento de alimentos totalmente rastreáveis, inclusivas e sustentáveis.

Como parte da programação, a IDH e a Wholechain apresentaram um exemplo de rastreabilidade blockchain aplicada à cadeia pecuária. A meta é atingir, até 2025, 1 milhão de animais rastreados desde as fazendas de cria, declarados na plataforma que está sendo desenhada para integração com os demais sistemas existentes na indústria e no varejo dos mercados globais.

Daniela Mariuzzo, Diretora Executiva da IDH Brasil, e Daan Wensing, CEO da IDH, apresentando a estratégia para trasnformação dos sistemas alimentares. Foto: Claudia Sandell-Gándara/Envisible

“Este é um momento crucial para as florestas e para os agricultores nos territórios em que estamos trabalhando e uma oportunidade para promover as mudanças necessárias para o desenvolvimento sustentável e o comércio. As indústrias de carne e couro compartilham nossa visão de reduzir o risco social e ambiental nas áreas de fornecimento, e aproveitar a oportunidade econômica. E, com sua parceria, podemos fazer as melhorias necessárias e impulsionar a transformação dos sistemas alimentares globais”, ressalta Daan Wensing, CEO da IDH.

O Protocolo de Produção Sustentável de Bezerros

No campo, empresas do setor produtivo trabalharão juntas com a IDH para oferecer apoio técnico e incentivar que produtores a informarem, voluntariamente, seus animais na plataforma do Protocolo de Produção Sustentável de Bezerros, lançado este ano, no âmbito do programa implementado desde 2018. Isso garantirá maior transparência, proteção de dados e regularização ambiental conforme o Código Florestal brasileiro.

O objetivo é melhorar a renda e promover a adaptação da produção pecuária aos extremos climáticos, incluindo os subprodutos do boi, como couro e colágeno, através de um modelo mais inclusivo, que incentiva práticas legais, melhora os meios de subsistência do produtor e oferece ao consumidor final um produto com esses requisitos a preço justo.

E/D: Clebio Marques (Vancouros), Mathias Almeida (Natcap), Daniela Mariuzzo (IDH), Vinicius Vanzella de Souza (Vancouros), Gilberto Tomazoni (JBS), Michel Santos (Bunge). Foto: Claudia Sandell-Gándara/Envisible

“Como líder global em produção de alimentos, a JBS compreende sua responsabilidade de garantir uma cadeia de fornecimento sustentável em todos os biomas em que atua. Por isso, temos há mais de 10 anos um sistema de monitoramento de fornecedores e estamos implantando uma ferramenta blockchain para estender esse controle aos fornecedores de nossos fornecedores. Além disso, trabalhamos ao lado dos produtores, oferecendo apoio técnico e financeiro, para que consigam desenvolver as melhores práticas socioambientais, assim como construímos parcerias, como a com o IDH, para superar os desafios setoriais existentes. Está claro que a solução definitiva só será conquistada por meio da colaboração”, diz Gilberto Tomazoni, CEO global da JBS. 

Iniciativas como esta, conduzidas pelo IDH e por todos os parceiros envolvidos, são fundamentais para avançarmos na frente socioambiental. O CICB (Centro das Indústrias dos Curtumes do Brasil) e nossas empresas, VIPOSA e VANCOUROS, percebem o quanto a informação é primordial para o consumidor final. Essa é uma busca ousada e de grande extensão da qual queremos ser parte, buscando ainda mais sustentabilidade para a cadeia produtiva. Combinando forças seremos capazes de transformar o sistema alimentar e informar nossos clientes que somos competentes e confiáveis ​​na entrega de um produto que promove a inclusão dos pequenos produtores e apoia a agricultura de baixo carbono, declara Clébio Marques, Diretor Comercial da Vancouros e VP de Sustentabilidade do CICB.

“O Programa de Produção Sustentável de Bezerros é uma abordagem inovadora no setor, gera mais valor ao longo de toda a cadeia, do nascimento do animal ao produto na gôndola com qualidade diferenciada. Com foco nos pequenos produtores de cria, traz ferramentas que permitem o alcance de melhores resultados econômicos, ambientais e sociais. A entrada da Marfrig no programa busca promover a inclusão voluntária de produtores e potencializar os impactos sustentáveis, além de estabelecer um novo modelo de produção na pecuária”, diz Paulo Pianez, diretor de Sustentabilidade e Comunicação da Marfrig.

“A Minerva Foods, maior exportadora de carne bovina da América do Sul, está comprometida com a transformação do setor. Em linha com nosso compromisso de nos tornarmos Net Zero até 2035, priorizamos parcerias que tragam soluções reais e viáveis ​​para a rastreabilidade da cadeia de suprimentos. Por meio do Programa Renove, trabalhamos com nossos fornecedores para implementar práticas regenerativas e de baixa emissão de carbono, melhorando a eficiência e apoiando paisagens sustentáveis. Conectamos fazendas com mercados de carbono por meio de nossa subsidiária, MyCarbon, fornecendo incentivos financeiros para adotar as melhores práticas, conservar e restaurar a vegetação nativa. É um prazer consolidar nossa parceria com o Protocolo de Bezerros, que reúne os principais atores de todo o sistema agroalimentar em prol de uma causa comum e crítica”, aponta Eduardo Bastos, CEO da MyCarbon.

A estratégia de desenvolvimento territorial

Desde 2015, indústrias e varejo apoiam a Estratégia Produzir, Conservar e Incluir (PCI) do estado de Mato Grosso, um dos maiores projetos subnacionais do mundo, com o objetivo de mitigar as mudanças climáticas. Iniciativa jurisdicional para o desenvolvimento sustentável baseado na eficiência do uso da terra, a PCI é um instrumento para que Mato Grosso alcance seu compromisso Net Zero até 2035, com reduções de emissão de 236 GT de CO2.

As empresas também apoiam as metas dos Pactos Regionais PCI Vale do Juruena, Sorriso e Barra do Garças e estão empenhadas em unir esforços com recursos da IDH para dar escala e apoiar uma transição mais rápida para a agricultura de baixo carbono. Esse ano o IDH iniciou o trabalho de engajamento com o setor produtivo no estado do Pará para que produtores e empresas iniciem a implementação de modelos de assistência técnica para recuperação de pastagens de baixa produtividade e adesão ao Protocolo.

A parceria se baseia no sucesso da estratégia de desenvolvimento territorial sustentável da IDH – que equilibra a produção de commodities com a proteção dos recursos naturais e a inclusão da agricultura familiar e comunidades tradicionais – implementada em 13 países em todo o mundo. Nos últimos cinco anos, a IDH investiu aproximadamente 9 milhões de euros em Mato Grosso, dedicados à Estratégia PCI, Instituto PCI e Pactos Regionais. Os fundos também foram alocados para promover o cofinanciamento de projetos do setor privado para incentivar a inclusão de produtores. Até dezembro de 2025, a IDH se compromete a entregar uma plataforma dedicada de rastreabilidade com pelo menos 1 milhão de bezerros produzidos sob uma das modalidades do Protocolo (inclusão, legalidade e não conversão). Atualmente, 10 milhões de euros adicionais estão sendo alocados para cofinanciar estrategicamente com investimentos do setor privado.

Animais rastreados do Programa Produção Sustentável de Bezerros, no Vale do Juruena, Mato Grosso, Brazil. Foto: Marcus Mesquita/IDH

O Brasil conta com o maior rebanho comercial de bovinos do mundo, com cerca de 220 milhões de cabeças, sendo que os estados de Mato Grosso e Pará estão no topo da lista, na primeira e terceira colocação, respectivamente, totalizando mais de 55 milhões de cabeças, segundo dados divulgado pelo IBGE em 2021. Por isso, nesta etapa o foco de atuação está voltado a esses estados que compõe a Amazônia Legal.

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