A Caatinga figura no conceito popular como uma região de árvores retorcidas, solo seco e pouca produtividade. No entanto, é um bioma com grande riqueza de fauna e flora, abrigando milhares de espécies de plantas e animais. Além disso, tem uma população de mais de 25 milhões de pessoas, com forte presença da agricultura familiar, onde mais da metade das propriedades agrícolas são pequenas, com cinco hectares ou menos (fonte IBGE 2017).

Esse contexto torna a região prioritária para o desenvolvimento de ações que apoiem uma produção econômica mais sustentável, que protejam e restaurem a vegetação nativa e promovam a inclusão social.
A busca por esse objetivo impulsiona a implementação do Programa Raízes da Caatinga, fruto de uma parceria entre a Fundação Laudes e a IDH, com colaboração do WRI Brasil e Diaconia, tendo o programa colaborativo de paisagem com produção regenerativa (RPLC) como principal estratégia para enfrentar o risco de desertificação, questões de desigualdade social e insegurança alimentar na Caatinga. Além disso, a colaboração pretende viabilizar modelos de originação responsável para as empresas investirem.
Para atingir os objetivos está sendo implementada a abordagem dos Pactos Produzir, Preservar e Incluir (PPI), que estabelece acordos com a participação dos setores público, privado e das comunidades locais.
Nas últimas semanas, mais de 50 parceiros se reuniram nos territórios do Sertão do Pajeú, em Pernambuco, Sertão do Cariri, na Paraíba, para oficializar a criação dos Pactos PPI, com metas que priorizam desafios e oportunidades relativas à produção rural, restauração dos ecossistemas e inclusão social. No dia 12 será a vez do Sertão do Apodi, no Rio Grande do Norte.


Restaurar para desenvolver
A parceria entre IDH e WRI Brasil prevê a implementação de um plano piloto de restauração em uma área a ser definida ao longo da execução do programa. A organização lidera atividades do eixo “Proteger”, contribuindo para a identificação de fatores-chave que priorizam desafios e oportunidades relativas à produção rural, restauração dos ecossistemas e inclusão social. Ao longo desse trabalho foi constatado de que a restauração florestal na Caatinga requer uma abordagem integrada, abrangendo não apenas o plantio de árvores, mas a promoção de práticas sustentáveis de uso da terra, a conscientização sobre a preservação ambiental e o envolvimento ativo das comunidades locais.
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