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IDH inicia prospecção de oportunidades de investimento pelo Fundo Farmfit no Brasil e na Colômbia

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IDH inicia prospecção de oportunidades de investimento pelo Fundo Farmfit no Brasil e na Colômbia

Data do evento 15/08/2023

Roel Messie, Diretor de Investimentos Global da IDH comenta sobre cenários no Brasil e Colômbia

O que a Farmfit traz de diferencial para os parceiros e produtores rurais?

RM – O Fundo Farmfit traz instrumentos financeiros, voltados para os pequenos produtores rurais, que não estão disponíveis em nenhum outro lugar do mercado. O fundo oferece financiamento de alto risco, que reduzirá o risco dos coinvestidores. Para os produtores rurais, isso significa que eles poderão acessar o crédito a taxas razoáveis, sem ter o título da terra, e que pequenas e médias empresas agrícolas poderão tomar empréstimos com requisitos de garantia menos rigorosos. O Fundo tem um forte foco no impacto da renda do agricultor, com importantes lentes sobre clima e gênero. O foco não está voltado principalmente para a preservação da floresta, a restauração ou o uso da terra, mas sim para a melhoria da qualidade de vida do agricultor, como ponto de partida.

Qual é a sua percepção sobre o interesse dos investidores em alocar mais recursos para o agronegócio no Brasil? O que pode ser feito para permitir esse acesso ao financiamento?

RM – Há muito capital disponível para a agricultura brasileira, tanto no país quanto internacionalmente. No entanto, há um descompasso em termos de risco e tamanho da transação em relação ao financiamento de pequenos agricultores bem como de pequenas e médias empresas agrícolas. O Fundo Farmfit pode reduzir os riscos para os investidores interessados, de modo que mais capital possa fluir para a agricultura de pequena escala.

3 – Como você vê o Brasil e a Colômbia posicionados para os próximos anos em soluções inovadoras de financiamento climático?

RM – Apesar de não ser especialista no tema climático, vejo que  há muito interesse de investidores voltados para o clima e para as florestas, dada a enorme importância da Amazônia para o mundo. Portanto, há um capital significativo disponível. Durante minha viagem ao Brasil e à Colômbia, encontrei várias empresas de Agtech e Fintech (*que usam tecnologia como base das operações), com um forte foco em soluções climáticas. Por exemplo, uma empresa que usa sensores em fazendas e sensoriamento remoto para dar suporte aos agricultores com informações relacionadas ao clima e ao tempo, além de fornecer relatórios ambientais, sociais e de clima para grandes empresas agrícolas.

4 – Fala-se muito sobre a necessidade de financiamento na Amazônia, mas como a Farmfit vê as outras regiões carentes do Brasil continental? Cerrado e semiárido, por exemplo?

RM – O Fundo tem um forte foco no impacto da renda do agricultor, com importantes lentes sobre clima e gênero. O foco não está voltado principalmente para a preservação da floresta, a restauração ou o uso da terra, mas sim para o agricultor como ponto de partida. Por esse motivo, o Fundo é bastante agnóstico em relação às regiões/estados do Brasil. Preferimos investimentos onde possamos realizar nossos objetivos de impacto sobre o agricultor e onde possamos ser mais transformadores, o que pode ocorrer em qualquer estado.

5 – As empresas de risco de crédito estão classificando melhor o Brasil, por exemplo, a Fitch, recentemente, pois o desempenho econômico do país tem sido melhor do que o esperado. Você acha que isso poderia facilitar/atrair recursos para áreas vistas como de alto risco para os investidores?

Possivelmente sim, mas somente em combinação com instrumentos de redução de risco.

6 – Você conhece vários países onde o Fundo Farmfit opera. Qual seria o diferencial da Colômbia e o Brasil?

RM – Em comparação com os países africanos e alguns países asiáticos, têm um setor financeiro muito mais desenvolvido. Em comparação com muitos outros países, uma escala maior de investimentos (especialmente no Brasil). E, também no Brasil, fazendas de tamanho muito maior. Surpreendentemente, o setor de ag/fintech na África parece ser mais desenvolvido, possivelmente impulsionado pelos grandes volumes de financiamento disponíveis para soluções digitais.

Roel Messie visitou o Brasil e a Colômbia em julho para uma série de reuniões juntamente com as equipes locais da IDH. Saiba mais sobre o Farmfit aqui

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