O Pará, estado com o segundo maior rebanho bovino do País, mais de 24 milhões de animais, terá um programa de assistência técnica, regularização fundiária e ambiental e rastreabilidade voltado à produção de bezerros. O Programa de Produção Sustentável de Bezerros do Pará, lançado hoje (13/11), é um investimento conjunto da IDH e da FAEPA (Federação da Agricultura e Pecuária do Pará).
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O Programa tem adesão voluntária e vai atender, nesta primeira etapa, 160 pecuaristas, com previsão de chegar a 600 propriedades no segundo semestre de 2024. A assistência técnica é personalizada e leva em consideração as caraterísticas da fazenda, resultando em um plano com orientações sobre gerenciamento produtivo e administrativo, manejo de gado e de pastagem, adequações sanitárias, regularização ambiental e rastreabilidade individual dos animais. Esse trabalho será realizado pelo SENAR (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural-Adm/PA) em conjunto com a NatCap, consultoria especializada.
“A Faepa sempre foi precursora e parceira de iniciativas que visem a sustentabilidade da atividade agropecuária e o seu desenvolvimento tecnológico, que resultem em aumento da produção, produtividade e em melhoria da renda do produtor. Sempre lideramos a construção de soluções para o setor produtivo, e especialmente no setor de produção animal apoiamos com o Estado a implementação do CAR, GTA e NFe, bem como as campanhas de vacinação. Nessa lógica, o Programa de Produção Sustentável de Bezerros soma-se a mais uma iniciativa da Federação, visando a rastreabilidade da cadeia da pecuária de corte, com adesão voluntária do produtor rural, nos termos da legislação vigente”, exemplifica Carlos Fernandes Xavier, presidente da FAEPA.
O modelo a ser implementado no Pará tem uma trajetória de sucesso iniciada em 2019 no Mato Grosso e já registra mais de 200 mil animais no Protocolo de Produção Sustentável de Bezerros, gerenciado pela CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasi). Em 2021, esse sistema já levou às prateleiras do supermercado carne bovina 100% livre de desmatamento, rastreada desde o nascimento do bezerro. Outro diferencial é o uso da numeração oficial brasileira 076 (código ISO país), administrada pelo MAPA (Ministério da Agricultura e Pecuária) que permite a identificação do país de procedência do animal.
“Os produtores rurais brasileiros são os agentes da transformação que o mundo procura e, portanto, devem ser os protagonistas na construção de soluções para o setor. Estamos juntos nessa trajetória que respeita o Código Florestal Brasileiro, garante transparência na informação e proteção de dados”, reforça Daniela Mariuzzo, diretora executiva da IDH no Brasil.
O Programa de Produção Sustentável de Bezerros está alinhado com a visão estratégica do setor produtivo paraense, conhecida como PROPARÁ, e com políticas públicas, como a agenda de desenvolvimento sustentável junto ao Plano Setorial de Mudança do Uso da Terra e Florestas, denominado Plano Estadual Amazônia Agora (PEAA).
Para isso, conta com a parceria da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca do Pará – SEDAP e da Associação Paraense Pecuária Forte – APPF.
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Na foto (E/D): Representante da Abiec (Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes), Daniel Freire; diretor da FAEPA (em pé), Guilherme Minssen, Representante Da Fiepa (Federação Das Indústrias Do Estado Do Pará) Paulo Afonso Costa; Diretora da APPF (Associação Paraense Pecuária Forte), Márcia Centeno; Diretora Executiva da IDH Brasil, Daniela Mariuzzo; Secretário de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca do Estado do Pará, Giovanni Queiroz; Presidente da FAEPA (Federação da Agricultura d Pecuária do Pará): Carlos Fernando Xavier; Presidente do Sindicato Rural de Castanhal, Almir José Lopes Campos; Presidente da Associação Rural de Pecuária do Pará: Fernando Dacier Lobato; Representante do CICB (Centro Das Indústrias De Curtumes Do Brasil); Ricardo Andrade; Coordenador Geral de Produção Animal do Mapa (Ministério Da Agricultura De Pecuária), Bruno Leite.
