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Financiamento climático tem potencial de fomentar setor de florestas, agrocomodities e territórios sustentáveis

IDH

Financiamento climático tem potencial de fomentar setor de florestas, agrocomodities e territórios sustentáveis

Data do evento 17/10/2022

A IDH reuniu, no dia 13 de setembro, em Cuiabá, diversos parceiros do Brasil para dialogar sobre a agenda de financiamento climático. O evento aconteceu na Secretaria de Estado de Meio Ambiente de Mato Grosso (SEMA) e contou com a participação de mais de 60 representantes dos setores público e privado, e sociedade civil. O objetivo foi apresentar a estratégia de financiamento climático da IDH e explicar as ações que estão sendo implementadas no Brasil no âmbito dessa agenda.

A gerente global da IDH em finanças e carbono, Marcela Paranhos, explicou que em 2021 a IDH lançou sua estratégia global de financiamento climático, elaborada a partir da avaliação dos efeitos e impactos gerados pelos programas da IDH globalmente, voltados para cadeias de commodities agrícolas e paisagens, e sua contribuição para a agenda de ação climática de governos e empresas. A estratégia combina ações de mitigação e adaptação, considerando três eixos principais: florestas, agricultura e territórios e cadeias mais resilientes.

Marcela Paranhos, durante abertura do evento. Foto: Jefferson Eduardo/IDH

“A IDH enxerga o carbono como um meio para ampliar o financiamento para a transição para uma economia de baixo carbono, onde é possível traduzir os impactos socioambientais positivos das intervenções de campo, em uma linguagem que já é entendida e incorporada globalmente pelas estratégias do setor privado, promovendo maior fluxo de recursos para agricultura de baixo carbono e sistemas de produção mais resilientes”, complementou Paranhos.

Durante o evento, os consultores apresentaram os avanços e resultados de análises encomendados pela IDH ao longo de 2021 e 2022.

Florestas

O estudo conduzido pelo especialista em mudanças climáticas e mercado global de carbono, Marcelo Theoto Rocha, trouxe uma atualização sobre a construção dos cenários para REDD+ jurisdicional nos estados da Amazônia Legal, em relação à NDC brasileira. Rocha explicou o andamento das negociações relativas ao mercado global de carbono sob o Acordo de Paris, e quais as suas expectativas de avanço para a COP27. Além desse escopo, a IDH está ainda cooperando com a SEMA para elaborar um índice de vulnerabilidade socio climática que possa ser usado no desenho do mecanismo de repartição de benefícios de REDD+ – para garantir uma distribuição justa de benefícios entre os usuários da terra. Em Mato Grosso, o estudo apoia a elaboração do Esquema Jurisdicional de REDD+ e para a segunda fase do Programa REM.

Agricultura

Em 2021, a IDH, com apoio da consultoria WayCarbon, iniciou a avaliação da pegada de carbono e o potencial de redução de emissões do Programa de Produção Sustentável de Bezerros. A análise vai cobrir as 561 fazendas que já fazem parte do programa e na segunda etapa, vai conectar os resultados de carbono do programa com os compromissos de dos parceiros da cadeia de valor (frigoríficos e varejo).

Nesse mesmo eixo está o estabelecimento de uma plataforma de monitoramento que incorporará a mensuração de GEE em todos os projetos de cofinanciamento da IDH. “A ABC Facility vai aterrissar a agenda de campo através de três frentes principais: plataforma para o monitoramento e a gestão dos dados das propriedades, acesso a crédito para pequenos e médios produtores e gestão das emissões de GEE”, exemplificou Manuela Maluf Santos, gerente de investimentos da IDH Brasil.

Territórios e cadeias mais resilientes

Outro esforço iniciado em 2021 e sendo concluído em 2022, foi a análise de vulnerabilidade climática dos municípios cobertos pelos modelos de governança territorial promovidos pela IDH (ou Pactos Regionais PCI). As análises foram conduzidas pelo cientista, pesquisador e professor especializado na área de mudanças climáticas, Eduardo Assad. O resultado vai orientar a elaboração de um plano de desenvolvimento territorial na região do Semiárido Nordestino, e também a revisão das metas dos Pactos PCI na Região de Balas-Maranhão, do Vale do Juruena, Sorriso e Barra do Garças, em Mato Grosso.

Professor Eduardo Assad respondendo apontamentos levantados pelos participantes do evento. Foto: Jefferson Eduardo/IDH

Os vídeos do evento estão disponíveis aqui

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