Membros do Conselho de Administração do Instituto PCI se reuniram no final de agosto para discutir e encaminhar temas relevantes sobre a implementação do Plano de Ação 2021, avaliando os avanços e as ações propostas para os próximos meses.
Entre os itens da pauta, o diretor executivo, Fernando Sampaio, apresentou o trabalho do Comitê de Monitoramento, resgatando o processo de avaliação participativa conduzido desde o ano passado através de workshops, análises de dados e conversas setoriais com o objetivo de colher insumos para a elaboração de uma proposta de atualização das metas.
A perspectiva é apresentar uma visão 2020-2030 da PCI durante a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP26), programada para ser realizada na cidade de Glasgow, Escócia, entre 1 e 12 de novembro deste ano.
Um dos principais desafios está relacionado às metas do eixo Incluir, pois ainda há uma dificuldade de mensuração pela falta de informações atualizadas e sistematizadas, além de uma necessidade de reflexão mais aprofundada sobre a eficácia dos atuais indicadores nesse processo de monitoramento de inclusão.
Entre as sugestões apresentadas para ampliar a visão de inclusão, a diretora adjunta do Instituto Centro de Vida (ICV), trouxe a necessidade de refletir o tema indígena nas metas. “Isso agregaria bastante no nível internacional e começaria a resolver uma questão de envolvimento e de representação indígena dentro da PCI que seria bem-vinda. Já temos um caminho dentro do REM para fazemos essa conversa”, ponderou.
Na mesma proposta de estabelecer ambições para os próximos anos da Estratégia PCI, a diretora executiva da IDH Brasil, Daniela Mariuzzo, sugeriu deixar mais explícita a questão sobre gênero no eixo incluir, para que essa agenda seja intencional e transformativa. “Seria interessante tentarmos ter uma meta sobre inclusão de gênero e diversidade porque essa é uma agenda global e precisa de muito apoio para acontecer”, reforçou Mariuzzo, acrescentando que a IDH tem ferramentas e especialistas que podem apoiar esse processo.
O superintendente da Secretaria de Estado de Agricultura Familiar (Seaf), George Luiz de Lima, resgatou que durante o processo de discussão foi sugerido fazer um processo de espelhamento das metas de inclusão com questões de gênero e indígena. “Isso poderia se um caminho interessante”.
Sampaio registrou que as propostas serão debatidas e compartilhadas com outros membros do Conselho para colher subsídios para essa construção. A previsão é de que em outubro uma proposta seja apresentada para apreciação do Conselho de Administração do Instituto PCI.
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